domingo, 31 de janeiro de 2010

Frases a ler e reler...


«O apego é o preço afecto, já o disse tantas vezes, repeti-lo nunca me soa redundante. Há momentos em que todos sonhamos com uma outra espécie de amor, livre e leve, mas todos sabemos que não são essas as premissas do verdadeiro amor. Somos todos prisioneiros de um sonho ou de uma realidade, no fundo, nunca somos livres.»

«Lembro-me dessas semanas com dificuldade, apenas sei que chorava muito, porque acreditava que as minhas lágrimas acabariam por levar a tristeza, a desilusao e o desânimo e libertar-me de ti. Mas, nem sempre é assim; a dor alimenta-se sobretudo de dor e as dores da alma vivem de mãos dadas com o sofrimento treinado, não lhes podemos dar confiança»

«Eu quis tanto que tu me amasses... não se pode querer isso dos outros, é uma violência para eles e para nós próprios. Uma violência e um disparate»

«Agora vivo diariamente momentos de enorme felicidade e de profundo entendimento com tudo o que me rodeia porque sei que estou a viver uma segunda oportunidade. Talvez por isso tenha sido mais fácil aceitar que não havia outra solução senão esquecer-te. Há mais no mundo para ver e para amar.»

«Eu queria arrumar a minha cabeça e o meu coração de forma serena, ainda que conformada. Se o destino não nos queria juntos, era porque algo de melhor me esperava. Eu tinha direito a viver um amor pleno. E como por vezes aquilo que pedimos se torna realidade, o que eu tanto desejara chegou-me aos braços semanas depois.
Uma das melhores coisas da vida é que ela muda. Nem sempre muda quando queremos ou como desejamos, mas muda. E no meu caso, porque sou uma pessoa abençoada, muda para melhor. Pelo menos, acredito que assim é. E o mais importante não é aquilo que vivemos, mas aquilo em que acreditamos.»

«O amor não é o que idealizamos, mas antes o que construímos. E a magia de um amor construído reside nos mais pequenos gestos; está em tudo o que fazemos e dizemos. É muito mais fácil de encontrar do que as pessoas imaginam. Para que isso aconteça é preciso qu os dois queiram, que os dois acreditem, que os dois consigam olhar para o amor da mesma maneira e para o futuro com os mesmos olhos. E é preciso que tanto um como outro percebam o quanto o amor é importante na existência. É preciso dar espaço ao amor, encontrar-lhe um lugar na nossa vida.»

«Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz, outras regressa feito numa bola de trapos, é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar ao nosso lado»

«Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos, é saber falar de si mesmo sem pudor. É ter coragem para ouvir um «não» e ter a segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. E já que não posso voar por cima das pedras que me vão surgindo pelo caminho, guardo-as, uma a uma, para construir o meu castelo.»

«Demorei quase um ano a chegar a este estado de serenidade. Uma sequência de pequenas vontades pode conduzir-nos a grandes resultados.»

«Há mesmo um dia, meu querido, em que chega a libertação, dia D do coração. Nunca é quando queremos, apenas e só quando estamos preparados. E para nos prepararmos é preciso querer. Quantas e quantas vezes as pessoas usam o verbo conseguir de forma errada! Quando eu dizia que não te conseguia esquecer, a verdade é que não queria esquecer-te.»

«O amor é outra coisa. Constrói-se do chão, levantando pedra atrás de pedra, como se de penas se tratasse. Sem medo, com calma, sem esforço, apenas com vontade. Dando espaço e tempo, dando a mão. O amor é um caminho a dois. E a grandeza de um homem está em ser uma ponte, não uma meta, e ninguém consegue construir uma ponte sozinha.
O amor é uma construção. Não sei se alguma vez saberás o que é. Eu estou a aprender. Aprendi muito neste último ano em que descobri que era mais feliz se vivesse o Amor plenamente»

By Margarida Rebelo Pinto «O Dia em que te esqueci»

Reproduzi estas palavras do livro, na íntegra, porque me tocaram e «senti» que definiam o meu último ano... Desde a descida às profundezas do Inferno, até, lentamente, com recuos e avanços, ver finalmente o fim do poço... E poder respirar fundo e apreciar o ar puro. Sem pesos na consciência, sem temores, e finalmente com alguma expectativa em relação ao futuro :)

A todos aqueles que me aturaram dias e dias cinzentos de paranóias... Voltei à tona :)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cansei Amor


By Raquel, em 2003

Cansei de sentir a tua falta... De me enganar, de apenas sonhar... Cansei de te esperar, cansei de te querer, cansei de não poder te ter...

Estou a guardar os meus sonhos na amplidão da minha fantasia... Estou a desistir deles...

Amei muito... Esperei muito... Iludi-me demais... A esperança um dia, cansa-se de esperar... E deixa-se morrer... Sem gemidos sem lágrimas, sem som... Afogando as mágoas deste Amor não resolvido.

Culpo a minha existência que, sem saber que tu nunca me pertencerias, deixou-me sentir dentro de mim tantos sonhos irrealizados.

Bebi contigo em taças efervescentes, comemos manjares de euforia e nadámos em céu de turbulência... Sem medir as consequências do «sem compromisso», do «sem explicações», do «sem expectativas».

Aprendi que a tua presença na minha vida, no meu viver, vai-me fazer mais mal que o bem que me convém.

É que na verdade todo o sonho mal sonhado, deixa de ser sonho para ser pecado!!!


E hoje, que já se passaram 7 anos e qualquer coisa que escrevi isto, aprendi que a vida é um eterno regresso ao passado, e por muito que a gente aprenda, volta e meia caímos nos mesmos erros... O que é um enorme disparate com tantos erros novos para serem cometidos :P

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Que...




Que Deus não permita que eu perca o Romantismo
Mesmo sabendo que as rosas não falam.

Que eu não perca o Optimismo
Mesmo sabeno que o fututo que nos espera não é assim tão alegre.

Que eu não perca a Vontade de Viver
Mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa.

Que eu não perca a vontade de ter Grandes Amigos
Mesmo sabendo que, com as voltas do Mundo, eles acabem indo embora das nossas vidas.

Que eu não perca a vontade de Ajudar as Pessoas
Mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir essa ajuda.

Que eu não perca o Equilíbrio
Mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.

Que eu não perca a Vontade de Amar,
Mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o msmo sentimento por mim.

Que eu não perca a Luz e o Brilho no Olhar
Mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão os meus olhos.

Que eu não perca a Garra
Mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.

Que eu não perca a Razão
Mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.

Que eu não perca o Sentimento de Justiça
Mesmo sabendo que o prejudicado posso ser eu.

Que eu não perca o meu Forte Abraço
Mesmo sabendo que um dia os meus braços estarão fracos.

Que eu não perca a Beleza e a Alegria de Viver
Mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão pela minha alma.

Que eu não perca o Amor pela minha Família
Mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigirá esforços incríveis para manter a sua harmonia.

Que eu nao perca a vontade de Doar este enorme Amor que existe em meu coração
Mesmo sabendo que muitas vezes ele será submisso e até rejeitado.

Que eu não perca a vontade de ser Grande
Mesmo sabendo que a o mundo é pequeno.

E acima de tudo, que eu jamais me esqueça que um pequeno grõ de alegria e esperança dentro de cada um de nós, é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é cosntruída nos sonhos e concretizada no Amor...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Neverending story





It must hurt to heal

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A amiga solidão




A noite chegou; o trabalho acabou: é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas, a casa está escura, vazia, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Estou sozinha. Vem a tristeza da solidão... O que eu mais desejo é não «sentir» a solidão...

Penso... A minha tristeza não vem da solidão. Nasce nas fantasias que surgem na solidão. Ainda me lembro de quando eu julgava amar a solidão: ficar sozinha, ler um bom livro, ouvir a minha música... Assim, quando me tento preparar para uma noite solidão feliz, sento-me e... Mas, basta que eu pare para as fantasias surgirem. Cenas. Bocados. Imagens.

De um lado, amigos em festas alegres, conversas animadas, copos em cima da mesa. Aí a cena se altera.Eu. Sozinha neste quarto. Com toda a certeza que ninguém se está a lembrar de mim. Naquela festa feliz, naquele bar animado, naquele jantar especial quem se lembraria de mim? E ai a tristeza entra e eu não consigo mais gostar da minha amiga solidão... O remédio é sair, procurar o grupo habitual, procurar a alegria da festa... Mas, aqui não tenho ninguém ao virar da esquina... E... Mesmo que tivesse... Vestia-me, produzia-me, ia para o Bar... Mas, depois apercebia-me que festas reais não são iguais às festas fantasiadas... Existe um desencontro, uma imposibilidade de compartilhar as coisas da minha solidão... A noite ficaria perdida...

Tenho de ler um livro que alguém me aconselhou: «A chama de uma vela», de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que existem. A chama de uma vela, por oposição, às luzes das lâmpadas eléctricas é sempre solitária. A chama de uma vela cria em seu redor um círculo de claridade mansa, que se perde nas sombras. Muitas vezes medito dianta da chama solitária de uma vela. Ao meu redor as sombras e o silêncio. Nenhum falatório vão ou oco; nennhum riso fácil para perturbar a verdade da minha alma. Encontro comunhão. As grandes comunhões não acontecem no meio de uma festa, no meio dos risos fáceis. Acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Do ser amado. Quem ama sabe disso, e concorda comigo. Eu sei-o agora. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. A minha vela solitária faz-me ver os objectos que se escondem quando há mais gente «eme cena»... Como se comporta a minha solidão?

Minha solidão?????? Há uma solidão que é minha, diferente da solidão dos outros? A solidão comporta-se... Se a minha solidão se comporta ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida!

Sartre disse muitas coisas profundas, mas uma que eu sempre relembro, quando me sinto assim, vazia, é : «Não importa o que fizeram comigo. O que importa é o que eu faço, com aquilo que fizeram comigo». Páro. Leio de novo. E penso. Lamento esta maldade que a vida está a fazer comigo, a Solidão. Se Sarte está correcto, a maldade pode ser o lugar onde vou plantar o meu jardim.

Como é que a minha solidão se comporta? Ou talvez dando uma volta à pergunta, como eu me comporto com a minha solidão? O que estou a fazer com a minha solidão? Quando a lamento, estou a dizer que gostaria de me livrar dela, que ela é um sofrimentO, uma doença, uma inimiga... Aprendi isto, contudo: as coisas são os nomes que lhe damos! Se digo que ela é minha inimiga, ela torna-se minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga?...

O estar juntos não significa, de todo, comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contacto com nós mesmos. Sartre também disse: «O Inferno é o outro!». Não discutimos, não nos queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.

O início da infelicidade humana encontra-se na comparação. Quando vemos os outros superficialmente, sempre os achamos melhor que nós. A solidão... A solidão de ser diferente... Sofre-se muito... E não se consegue compartilhar com ninguém este sofrimento. Nem com os que nos estão mais próximos... Seria inútil... Eles não compreenderiam. E, mesmo que compreendessem, nada poderiam fazer... Assim sofro a minha solidão, duas vezes sozinha. Mas, é ela que me forma, que me tornou na pessoa que sou hoje. As caminhadas pelo deserto fazem-me forte. Aprendi a cuidar de mim mesma. Aprendi a procurar as coisas que, para mim, como solitária, fazem sentido.

A minah infelicidade com a solidão... Não deriva ela, em parte, das comparações? Eu comparo a minha imagem, só aqui no quarto, com a imagem (fantasiada) dos outros, em celebrações cheis de riso... Esta comparação é destrutiva porque da inveja... Devia sofrer a dor real da solidão porque a solidão dói! Dói uma dor, da qual pode nascer a beleza... Não posso sofrer a dor da comparação. Ela não é verdadeira.~

A solidão ensina-me quem sou. Mas, estou cansada de mim...

By me em 12/Março/2003

Alguns anos passaram. Aprendi muita coisa. E agora a minha filha enche a casa de sons, de risos e de claridade. Graças a ela, são poucos os momentos de solidão....

terça-feira, 12 de janeiro de 2010




Sabem aqueles dias de viragem, de tirar um peso de cima dos ombros, de olhar em frente e ver para além da linha do horizonte?

Hoje é um desses dias.

Mentiria se dissesse que não penso mais em ti. Penso, mas penso cada vez menos também é verdade... Mas, a maioria dos pensamentos surgem simplesmente porque, para mim, algo me escapou e nem sequer me apercebi quando, nem como, nem porquê... Não penso em «nós», que isso nunca existiu. Penso em mim, em ti, em bons momentos roubados à rotina do dia a dia, em tantas conversas trocadas, em alguns risos e em muitas «private jokes». Há coisas que nos ultrapassam em grandeza. Acho que esta «situação» foi uma delas...

Passei por várias fases. Preocupação, irritação, tristeza, desânimo, descrédito,desilusão, esperança, expectativa, preocupação (de novo), e depois... Desliguei. «Não vale a pena» é uma frase que sempre encararei de forma algo peculiar de agora em diante.

A minha vida é, e sempre será, feita de escolhas minhas, de opções minhas e graças a isso não me arrependo de nada. Por vezes sei que poderia ter seguido por outro caminho, talvez menos tortuoso, talvez menos interessante, talvez mais seguro, talvez menos doloroso. Mas, será que isso realmente interessa???? As minhas escolhas foram sempre feitas de acordo com o que para mim, naquele momento, fazia sentido ou o que, sinceramente, eu queria que fizesse sentido (mesmo que não fizesse sentido a mais nenhum mortal presente na Terra).

Hoje está um tempo terrível. Chuva, rajadas de vento forte, mais chuva, tenho as calças molhadas até ao joelho (sem stress tenho as «galochas» da pesca lol), tenho o cabelo terrivelmente frisado por causa da humidade... Mas, apesar disso tudo hoje tenho um sorriso nos lábios. Estou serena como há muito não me encontrava.

Tudo isso porque, simplesmente, segui em frente sem querer mais descortinar motivos, intenções, razões. Aconteceu. Deixou de acontecer. So what?? Life goes on :)

Ontem adormeci, sem pensar em ti e (pela primeira vez em algum tempo) sem ansiar pelo toque do telefone...

Sei que tudo correrá bem, que ainda tenho um longo caminho a percorrer e que, volta e meia, hei-de desanimar. Mas até as rosas têm os seus espinhos...

«It must hurt to heal» - Neverending story :)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Today...



Hoje estou de mau humor, mesmo muito mau humor. Ainda dá para disfarçar, ninguém nota, só me corrói por dentro... Faço o que é suposto. Como, bebo, sorrio, digo bom dia, boa tarde, vou ao dentista, conto umas piadas ... Confesso que ainda espero que a «bomba» rebente quando me for menos conveniente :P

Se sei o motivo??? Sei, claro que sei. Mas, por muitos anos que ainda viva nunca, mas mesmo nunca, o vou admitir. Nem sequer a mim própria... Para todos os efeitos... É simplesmente um «daqueles» dias do mês!!!

Gostava de poder fechar os olhos, e acordar só quando estivesse «refeita». Sem mau humor, sem más ideias. Aliás sem ideias nenhumas.

Há dias assim. Em que me perco de mim|