sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cansei Amor


By Raquel, em 2003

Cansei de sentir a tua falta... De me enganar, de apenas sonhar... Cansei de te esperar, cansei de te querer, cansei de não poder te ter...

Estou a guardar os meus sonhos na amplidão da minha fantasia... Estou a desistir deles...

Amei muito... Esperei muito... Iludi-me demais... A esperança um dia, cansa-se de esperar... E deixa-se morrer... Sem gemidos sem lágrimas, sem som... Afogando as mágoas deste Amor não resolvido.

Culpo a minha existência que, sem saber que tu nunca me pertencerias, deixou-me sentir dentro de mim tantos sonhos irrealizados.

Bebi contigo em taças efervescentes, comemos manjares de euforia e nadámos em céu de turbulência... Sem medir as consequências do «sem compromisso», do «sem explicações», do «sem expectativas».

Aprendi que a tua presença na minha vida, no meu viver, vai-me fazer mais mal que o bem que me convém.

É que na verdade todo o sonho mal sonhado, deixa de ser sonho para ser pecado!!!


E hoje, que já se passaram 7 anos e qualquer coisa que escrevi isto, aprendi que a vida é um eterno regresso ao passado, e por muito que a gente aprenda, volta e meia caímos nos mesmos erros... O que é um enorme disparate com tantos erros novos para serem cometidos :P

2 comentários:

Goldfinger disse...

Continuo convencido de que tenho razão. Vives em demasiada ansiedade.
A vida acontece, queiras ou não. E será no momento que ela entender, não quando tu a pressionas.
Vive um dia de cada vez. Aprende a apreciar o quanto é belo o que nos foi dado viver.
E sim, é verdade que temos muitos desgostos, muitas frustações, muito enganos, mas temos muitas alegrias, muitos sonhos, "devemos sonhar sempre!",muitas coisas boas que a vida nos deu e vai dando.
É com os erros, com os enganos, com as frustações, com as alegrias, no fundo com toda a vivência que vamos tendo que aprendemos a ser fortes.
Tenho a certeza de que em próximas situações, paixões, amores, tu estarás bem mais preparada para com elas lidar. Estou engando?
Por isso, nada de baixar os braços e muito menos uma de "calimero".
Uma moçoila como tu, acabará por vencer e um dia, lá bem longe, recordarás todos estes tempos, com muita, muita saudade.

Jinhos minha querida.

António

Rosália disse...

Hoje ou há sete anos, algures no limbo do tempo, também as tuas linhas poderiam ter sido escritas por mim... gostei do sentir... gostei de te ler. Até breve...