terça-feira, 26 de março de 2013

Try again!

E o vento acariciou-me a cara... Abanou os meus cabelos e envolveu-me no seu hálito quente.

Deixei me ir, embalada por recordações, e por dias mais felizes, embebida nas minhas próprias lágrimas de auto comiseração, de auto consolo...

O vento veio, abraçou-me e disse, baixinho junto ao meu ouvido:

«Um dia... Um dia tudo fará sentido...»

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aceitar... E seguir em frente!

Por vezes há que aceitar que as pessoas em que mais confiávamos foram as que mais nos enganaram.

Por vezes, há que aceitar que pura e simplesmente, não nos querem na vida delas.

Por vezes, há que aceitar que demos tudo de nós (nunca se deve dar tudo) a quem,realmente, nunca o quis.

Por vezes, temos de aceitar que o dinheiro fala muito mais alto que o Amor.

Por vezes, há que aceitar que temos de desistir porque quem rema sozinho e só de um lado só anda em círculos.

Por vezes, temos de abandonar sonhos e ideias e perceber que... Sómente nos sobra seguir em frente e ter esperança de um dia voltar a sorrir.



domingo, 10 de março de 2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

Fado




Tenho saudades de ti... Saudades dos nossos momentos... Saudades dos nossos momentos bons e dos maus também... Tenho saudades das nossas conversas sem pés nem cabeça, pela madrugada fora...Tenho saudades das noites perdidas, em que o tempo passava a correr...Tenho saudades dos nossos pontos de vista tão diferentes... Tenho saudades dos nossos (poucos) passeios, da nossa vida nada parecida, do teu sorriso charmoso quando falavas algo engraçado, da tua cara séria quando eu, mesmo sem querer, te irritava.

Saudades do nosso amor único, intenso e todo errado.  Saudades das nossas manhãs, tardes, noites, madrugadas... Tenho saudades dos teus ciúmes com fundamento, e dos sem fundamento também.  Saudades dos teus «medos» de te entregares e da forma como eu (tentava) cuidar deles. Saudades de como tu te preocupavas comigo, saudades da tua força que me impelia para a frente. Saudades do nosso primeiro beijo, e do último também. 

Saudades da nossa vida tão igual e tão desigual. Tenho saudades de quando tu aparecias do nada e me fazias sorrir, pelo simples facto de estares ali. Tenho saudades do teu amor intenso, da forma como dizias «Amo-te», deixando um brilho nos meus olhos. Saudades das tuas mãos nas minhas, da minha boca, na tua.  Saudades dos meus braços procurando os teus, e dos teus braços procurando os meus.. 

Tenho saudades dos planos que não fizemos, dos nossos sonhos impossíveis, que na nossa vida iríamos tentar juntos construir... Tenho saudades de tudo o que se realizou e de tudo o que não se realizou. Os nossos telefonemas antes de dormir, as nossas palavras doces, as nossas palavras duras e a nossa vontade de ser um do outro. Tenho saudades de certas músicas que ouvíamos ainda antes de levantar da cama, e que sempre que as ouço, fazem-me sentir ainda mais saudades. 

Tenho saudades de ti. Saudades da tua presença em mim, mesmo na tua ausência...Tenho saudades do tudo o que vivemos e de tudo o que não conseguimos viver. Tenho saudades da tua maneira de não me saberes amar, mas mesmo assim me fazeres sentir a mulher mais amada do Mundo. Tenho saudades da nossa maneira de esquecer o Mundo quando estávamos juntos. Da nossa maneira complicada de ver a vida. Vida que não foi (é) nada simples. 

Tenho saudades de ser tua, só tua. De te pertencer inteiramente. De fazer parte da tua vida. Saber o que estavas a fazer, e com quem... Tenho saudades da nossa história, a mais estranha que alguém jamais escreveu. Saudades do nosso «tempo», os bons velhos tempos. Tenho saudades do nosso namoro escondido, onde só éramos eu e tu... Tenho saudades do nosso amor, nossas «promessas», dos nossos encontros e dos nossos desencontros... 

Tenho saudades de estar contigo... Simplesmente por estar. Saudades de passar horas ao telefone contigo só porque queríamos, de alguma forma, estar «juntos». Tenho saudades da tua amizade, da tua força e da tua confiança em mim, em nós. Tenho saudades da tua voz, do teu carinho, da tua paixão, do teu desejo, das tuas loucuras, da tua inteligência, do teu talento... Saudades de ti quando estavas comigo. Saudades de mim quando estava contigo... Saudades do nosso compromisso que nunca aconteceu. Saudades dos filhos que não tivemos. Da cama que não dividimos. Saudades do futuro que não vivemos. Saudades de ti. 

Mas, o que mais dói de toda esta saudade... É saber que, de tudo o que eu sinto saudades, está destinado para outro alguém... Outro alguém que já odeio antes de existir, outro alguém que não terá a mesma saudade que eu sinto, porque não serei eu... Como dizia o poeta «em algum lugar deve existir uma espécie de bazar onde os sonhos extraviados vão parar». Acho que os nossos sonhos e os nossos «planos» se extraviaram. Foram parar em nenhum lugar... Mas, na minha mente nela pararam e não me deixam seguir em frente, nem viver, nem me deixam sentir saudades de outro alguém. E é por isso que vivo sempre com saudades. De ti, de mim, de nós...