Uma destas noites sonhei contigo! Há muito tempo que não acontecia. Nem sonhar... Nem contigo... Foi um sonho difuso desses que nos dão paz de espírito, que nos permitem acordar de sorriso nos lábios e sensação de paz. Lembro-me de pouco. Muito pouco. Lembro me de um autocarro. De um sorriso. De uma troca de olhares. E de um abraço. De um abraço do tamanho do Mundo onde coube tudo aquilo que me faz falta e que, naquele momento, me preencheu a alma. Um abraço em que me senti, finalmente, eu própria. Aceite por quem sou, sem necessidade de ter de provar que sou melhor do que pensas, ou sem necessidade de me defender... Um abraço. E eu... Eu derreti-me. E depois. Acordei.

Por vezes, só às vezes, fico farta de mim. Do que penso, do que não penso, do que sou, do que não sou, do que quero, do que não quero... Sei que sim, mas opto por não. Por vezes sei que não, mas opto por arriscar... cansa. Queria poder tirar uma férias (curtinhas) de mim, da minha vida. Despir a minha pele e entrar noutra qualquer. Com outros problemas, outras vivências, outras alegrias... Mas não dá. Portanto há que levantar cabeça, levar uns pingos de chuva na tola... E seguir em frente. Seja lá o que seguir em frente queira significar...